Está confirmada para 21 de maio, a audiência para depoimento do delegado Richard Damasceno, que atuava em Sinop, na 15ª Vara Criminal da capital. Ele será interrogado em um dos processos que responde pelas acusações de formação de quadrilha e corrupção passiva.
Richard é acusado de participação em uma organização criminosa liderada por João Arcanjo Ribeiro, cujo objetivo era manter o jogo do bicho funcionando em Mato Grosso.
O delegado chegou a ser preso em outubro do ano passado, quando o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a operação Arrego. Ele foi solto em janeiro deste ano, após conseguir um habeas corpus no Tribunal de Justiça.
Na audiência, também deve ser ouvido João Arcanjo, que permanece preso no Mato Grosso do Sul. A intimação é porque ele também é réu no processo. A cada vinda de Arcanjo para participar de uma audiência é montada uma megaestrutura de segurança. Inúmeros policiais, tanto civis como da PM, estão supostamente envolvidos.
Na última vez, no dia 1º de abril, além de Arcanjo vieram Célio Alves de Souza e Hércules de Araújo Agostinho. Eles foram transferidos da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) para Cuiabá em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). A audiência, de oitiva da última testemunha no processo que os três respondem pela morte de Sérgio Manhoso, durou menos de 30 minutos e em seguida os três presos voltaram para Mato Grosso do Sul. Como desta vez Arcanjo vem sozinho, a transferência dele deve ser feita em vôo comercial.
Esta será a quarta vez que Arcanjo sai da Penitenciária Federal de Campo Grande e vem para Cuiabá para participar de audiências este ano. A primeira foi no dia 14 de janeiro, quando a vinda foi considerada um “passeio”. Isso porque o Comendador veio para acompanhar o depoimento de uma testemunha arrolada pela defesa de seu genro, Geovane Zem Rodrigues, que acabou não acontecendo.
No dia 27 de fevereiro ele retornou para Cuiabá para participar da audiência das testemunhas de defesa arroladas por seu advogado, Zaid Arbid. Em janeiro e fevereiro as audiências foram dos processos que responde por formação de quadrilha e corrupção ativa.