O governador Blairo Maggi criticou com veemência a conduta utilizada por órgãos federais em ações realizadas nos oito Estados das regiões Norte e Centro-Oeste, que compõem a Amazônia Legal. Ele classificou como discriminatórias e defendeu uma operação de restabelecimento da ordem socioeconômica.
Para isso, foi criado um fórum de governadores que deverá ser ouvido antes de qualquer ação e em contrapartida será realizada a operação Arco Verde. “Me parece que a operação Arco Verde vem nesta direção e isso, sim é certo. Me parece que haverá distribuição de alimentos, um meio de pagar seguro desemprego aos desempregados, um programa de recuperação de matas ciliares etc., mas também não queremos esmola. O importante é que os 24 milhões de cidadãos que vivem nos oito Estados da Amazônia Legal não sejam tratados cidadãos de segunda classe”, acentuou.
“O que nós, os oito governadores dissemos em Brasília aos ministros e ao Presidente da República (referindo-se à reunião de lançamento do Plano Amazônia Sustentável em que participou, na Capital Federal no dia anterior) foi que nós não agüentamos mais tanta confusão, muitas ações truculentas, muita Polícia Federal, onde só vale a pressão. Não queremos mais intervenção. O que nós queremos é saber como é que ficam os trabalhadores que perderam os seus empregos em função do fechamento das madeireiras”, enfatizou.
Com a assinatura da carta, será deflagrada uma nova operação chamada “Arco Verde”, envolvendo os ministérios e os Estados da Amazônia Legal, que vai atender as demandas sociais e emergenciais dos municípios sob intenso controle ambiental.