Doze presos na Operação Termes entraram com pedido de liberdade no Tribunal Regional Federal (TRF), 1ª Região. O relator dos recursos é o desembargador federal Hilton Queiroz que até o início da noite de ontem não havia emitido qualquer parecer.
Ao todo foram decretadas 67 prisões, 64 pessoas foram detidas. Ainda estão foragidos Marcelo Henrique Cícero Leite, Messias Lopes e Valdir Henning. Dois estão com prisão temporária (30 dias) decretada. O inquérito é conduzido pelo delegado federal Carlos Eduardo Fistarol.
Ontem, os peritos da Polícia Federal deram início ao minucioso trabalho de análise de informações contidas em computadores apreendidos durante a operação. A ação policial, desencadeada na semana passada, foi realizada pela Polícia Federal em 14 cidades mato-grossenses, boa parte delas situadas na região Norte onde se concentram mais de duas mil empresas ligadas a exploração de madeira.
O armamento apreendido com nove policiais rodoviários federais que estariam envolvidos no esquema, foi objeto de investigação e já foi devolvido a Superintendência do órgão em Cuiabá. Além dos PRFs, dois investigadores da Polícia Civil e três policiais militares (um cabo e dois soldados) foram presos.
O material que está agora sendo analisado pela Polícia Federal foi apreendido durante o cumprimento de 58 mandados de busca e apreensão.
Das negociatas que garantiam o transporte de madeiras nobres, assim como a emissão de falsos certificados de identificação de madeira, agilização no trâmite de processos perante a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), redução de multas junto ao órgão fiscalizador – participavam uma advogada, servidores da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), além de policiais.
Segundo a PF, os grupos atuavam distintamente em três esquemas. Desde maio de 2007, a Polícia Federal vem investigando as ações. Durante este período foi detectado até mesmo um esquema de homicídio, envolvendo policiais rodoviários federais.