R$3,3 milhões. Este é o total de multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), neste primeiro mês da Operação Arco de Fogo, desencadeada com apoio da Polícia Federal e Força Nacional de Segurança nas regiões de Sinop e Alta Floresta, onde estão localizadas as bases dos trabalhos.
Para cumprir as ações, o órgão percorreu um total de 20 empresas do setor madeireiro e de produção de carvão, resultando em 46 multas aplicadas. De acordo com o instituto, foram apreendidos 4,5 mil metros cúbicos em tora, serrada e laminada, entre as espécies de cedro, angelim, sucupira e outras, o que daria para preencher 200 caminhões.
Dez veículos e três motosserras foram retidos. De acordo com o balanço divulgado pelo, pessoas físicas foram autuadas, como uma fazendeira, que teve a área embargada pela fiscalização ao explorar madeira sem licença ambiental. Em outro caso, um invasor foi denunciado por cortar árvores em uma propriedade particular.
A Arco de Fogo gerou grande polêmica, logo nos primeiros dias em que foi desencadeada. Lideranças do setor estranharam as fiscalizações terem iniciado por Sinop, cidade que não havia sido incluída na relação das que mais devastaram em Mato Grosso. Algumas madeireiras obtiveram, na Justiça, autorização para voltar a operar, após o Ibama apontar irregularidade durante as medições realizadas.
O critério utilizado pelo órgão federal também foi alvo de críticas do setor, que argumentava estar sendo prejudicado, já que o sistema da Sema (responsável pela gestão fiscal do Estado), não era acatado. Entretanto, uma decisão do juiz federal Murilo Mendes determinou que fossem respeitadas as mesmas medidas da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
Não há prazo definido para o término dos trabalhos.