O Ibama alterou a lista que continha de fazendas e áreas embargadas em 86 municípios de Mato Grosso. Só Notícias apurou que caiu de 1,2 mil para 397. O Ibama aponta existência de crimes ambientais, principalmente desmatamentos. Oficialmente, ainda não foi dada nenhuma explicação sobre a redução significativa na listagem que o órgão disponibiliza em seu site. É muito provável que houve erro por parte do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. Hoje, houve reunião entre dirigentes do Ibama em Mato Grosso com lideranças do agronegócio e políticas e o orgão foi muito criticado, principalmente por entidades da agricultura e pecuária, que apontaram erros.
Só Notícias constatou, ontem à noite, no site do Ibama, que Juína tinha maior número de fazendas/áreas embargadas – 84. Agora há pouco (18:10h), em nova consulta, só constam 21. Alta Floresta aparecia em segundo com 75 áreas embargadas. Agora, o número caiu também para 21. Em Sinop, o Ibama apontou, inicialmente 32 propriedades com irregularidades e hoje constam apenas 7 áreas. Em Feliz Natal, a quantidade caiu de 42 para 23.
Na ‘primeira lista’, conforme Só Notícias antecipou, apareciam nomes de diversas lideranças políticas com propriedades embargadas. O do senador Jaime Campos, por exemplo, constava 3 vezes com propriedades em Alta Floresta. Agora só consta um. A área ( em Feliz Natal) da empresa da qual o governador Blairo Maggi é sócio também saiu da lista, bem como as dos deputados Dilceu Dal Bosco e Ademir Bruneto e de uma multinacional do agronegócio, dona de área em Sorriso.
As fazendas em que estão na lista de embargo não podem plantar, vender a safra, extrair madeira e os proprietários correm risco de ficar sem acesso a créditos nos bancos.
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