PUBLICIDADE

População busca intervenção estadual para impedir desocupação de terras

PUBLICIDADE

Autoridades estaduais, federais e municipais reuniram-se nesse sábado, com a população de Alto Boa Vista (1.059 km a Nordeste de Cuiabá) em uma audiência realizada pela Assembléia Legislativa de Mato Grosso, no ginásio de esportes do município, para discutir soluções ao conflito da Gleba Suiá-Missu. A justiça federal do Estado determinou que os cerca de 3.500 habitantes do local, conhecido também como Posto da Mata, deixem suas propriedades rurais e residências. A área é demarcada pelo Ministério da Justiça como território indígena.

A determinação está suspensa desde 2007, mas pode ser cumprida a qualquer momento. Os habitantes locais e o Poder Público Municipal consideram a desocupação inviável. O Posto da Mata conta hoje com toda infra-estrutura pública e particular com diversas benfeitorias. Pelo menos 72% do município seriam prejudicados com a desapropriação. O conflito entre os pequenos produtores e índios da etnia Xavante, que teriam direito às terras, se arrasta há mais de 15 anos. Na audiência foi avaliada a possibilidade de uma intervenção do Governo.

A Comissão Permanente de Defesa da gleba, formada pelos habitantes, apresentou um histórico de documentos a fim de comprovar que não são posseiros e que adquiriram suas terras, no final da década de 1960, dentro da legalidade. A documentação, com cópias entregues a cada autoridade presente, além do levantamento feito pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan-MT) demonstrando os investimentos e desenvolvimento da localidade, inclui xérox da Certidão Vintenaria registrada em cartório e certidão emitida pela Fundação Nacional do Índio (Funai) atestando a não existência de indígenas dentro da área da Suiá-Missu.

A Associação dos Pequenos Produtores Rurais da gleba produziu um vídeo que foi exibido durante a consulta. O filme traz imagens da atual realidade da área mostrando a expansão agropecuária e depoimentos dos produtores e fundadores da Gleba. “Não somos invasores e nem grileiros. Somos pessoas trabalhadoras que lutam”, disse o presidente da Associação, Renato Teodoro, lembrando que no Posto da Mata existem duas escolas municipais e uma estadual que oferece ensino a 900 alunos.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE