Está sendo desencadeada esta manhã a Operação Arco de Fogo, pelo Ibama, com apoio da Polícia Federal e Força Nacional, para investigar derrubadas em 19 cidades mato-grossenses -a maioria delas no Nortão- que, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) tiveram aumento considerável. Dezenas de equipes saíram a base operacional, em Sinop, e ficarão na região por tempo indeterminado. Uma fonte de Só Notícias prevê que o trabalho dure pelo menos 60 dias.
Engenheiros florestais, técnicos e fiscais do Ibama chegaram ao Nortão há cerca de 10 dias e ‘mapearam’ a região onde a operação será feita. Marcelândia, Alta Floresta, Juara, Juína, Peixoto de Azevedo, dentre outras cidades da região inseridas na lista de desmatamentos do Inpe, serão inspecionadas a partir de hoje.
Além destas cidades, alguns fiscais estão em indústrias madeireiras de Sinop checando a procedência de toras, estoque nos pátios e planos de manejo. Uma das primeiras fiscalizadas é a empresa do presidente do Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso), José Eduardo Pinto. Pelo menos 3 equipes foram até a empresa. O vice-presidente do Sindusmad e presidente do CIPEM, Jaldes Langer, foi ao local e disse considerar ‘estranha’ a decisão do Ibama em primeiro ir a indústria do dirigente. ” Essa decisão, para nós é surpresa e estranha uma vez que o governo disse que o foco da fiscalização é nas áreas apontadas onde há derrubadas. Muito nos supreende mudar o foco e, novamente, abordar o setor de base florestal”, disse Langer, ao Só Notícias.
(Atualizada às 08:32hs)
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