Os vigilantes decidiram ontem, em assembléia, a aceitar a proposta do Ministério Público do Trabalho (MPT). Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Vigilância, Segurança, Transportes de Valores de Cuiabá e Região (Sinemprevs), Valtair Lauriano, a alternativa apresentada pela procuradora do trabalho Carolina Mercante é a que mais se aproxima da reivindicação dos grevistas. Porém, os patrões a rejeitaram por unanimidade.
O presidente do Sindicato das Empresas de Vigilância, Segurança, Transportes de Valores (Sindesp), Maurício Alves, destaca que proposta do MPT é fora de nexo. Para ele, não se pode equiparar os ganhos dos vigilantes do Mato Grosso do Sul com os trabalhadores do Estado. “Foi um longo processo de negociação com o sindicato funcional para chegar aos valores praticados hoje. Não podemos absorver um aumento desses sem repassar aos clientes”.
Na segunda-feira, às 15 horas, haverá a segunda audiência no MPT em que as duas classes devem trazer a proposta definitiva para debaterem no Ministério Público. Se mais uma vez não houver consenso, haverá o dissídio coletivo e será resolvido no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A procuradora propôs R$ 561 de piso salarial – o mesmo praticado em Mato Grosso do Sul -R$ 56 em vale-alimentação, R$ 50 de assiduidade, além de uma indenização de R$ 200 paga em quatro parcelas de R$ 50 a cada dois meses. O valor seria uma forma de compensação aos empregados pela defasagem salarial desde 1994. Os empregados querem o salário base de R$ 600 e os patrões aceitam pagar R$ 535.