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Promotor diz que provas contra Arcanjo são suficientes para condenação

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O promotor do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Mauro Zaque, afirmou ontem que as provas contra João Arcanjo Ribeiro, no processo que responde por corrupção ativa qualificada e formação de quadrilha, são contundentes e suficientes para embasar a condenação do réu. O promotor, que participou da audiência das testemunhas de defesa do “Comendador” e de outros acusados de participação na quadrilha, afirmou que o sumiço das imagens de Arcanjo não trazem prejuízos para a acusação e enfatizou que “se alguém tinha interesse que a fita fosse apagada, só se for a própria defesa”.

Mauro Zaque destacou que há inúmeras interceptações telefônicas e outras provas “robustas” que incriminam Arcanjo, assim como o genro dele, Geovane Zem Rodrigues que comandava o jogo do bicho em nome do “Comendador” e dos outros acusados. “Agora, não podemos priorizar o acessório (imagens apagadas) em detrimento do principal, que é a organização criminosa que existe e o jogo do bicho que era comandado por Arcanjo. As acusações são verdadeiras e as provas existem”.

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Carlos Brito, que foi arrolado como testemunha de defesa de Arcanjo, não quis falar sobre seu depoimento alegando que o processo está em segredo de Justiça. Sobre as imagens do “Comendador”, feitas pelo Circuito Fechado de Televisão em sua cela, quando ainda estava preso na Penitenciária Pascoal Ramos, em Cuiabá, e que foram apagadas, o secretário se limitou a dizer que tudo relacionado ao “Comendador” é investigado por meio de uma instrução sumária instaurada em dezembro do ano passado e que tem como previsão ser finalizada no próximo mês.

O advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, criticou o depoimento de Carlos Brito. “O secretário deixou todos perplexos e indignados, porque não sabia de nada da secretaria. Ele só visitou a penitenciária uma vez e no raio 5, onde Arcanjo estava preso, nunca esteve”.

Zaid ainda questiona as provas apresentadas pelo Gaeco, afirmando que a acusação é “franciscana, tanto que nem arrolaram testemunhas de acusação”. Quanto as imagens apagadas, afirma que foi uma “eliminação de provas”. Zaid ainda disse que a justificativa extra-oficial dada a ele é que as imagens desapareceram por um problema técnico.

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