Uma equipe do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente está inspecionando municípios da região Norte, em que foram detectadas áreas de desmate pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Com as coordenadas, os fiscais fazem as vistorias para apurar a veracidade dos focos. Segundo o coordenador de Fiscalização, Evandro Selva, com esse trabalho será possível confirmar se são novos desmatamentos e autuar os proprietários, mas já adiantou que algumas áreas “já tinham sido desmatadas há anos anteriores, e não em 2007”. Somente em Marcelândia, são 104 focos.
O levantamento também pode contrariar as informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que apontou 19 municípios mato-grossenses, entre eles Marcelândia, Alta Floresta, Juara, Juína, Paranaíta, que ficam no Nortão, entre os maiores devastadores da Amazônia.
A Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema) também alegou que está fazendo vistorias nessas áreas e apurou que a maioria dos dados são irreais, ou de áreas desmatadas há mais tempo, ou de queimadas. O relatório deve ser apresentado ao Inpe e ao Ministério do Meio Ambiente, pedindo retratação.
Foi por meio dos dados do Inpe, que o Governo Federal publicou decreto proibindo novos desmates nesses municípios. Entidades já se organizaram e devem entrar com ação para rever a decisão.
As vistorias devem continuar até o próximo dia 27, quando o órgão deve divulgar um balanço.