Mato Grosso tem oficialmente 18 bafômetros para colaborar na fiscalização de crimes de embriaguês no trânsito. Doze deles são da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e ficam distribuídos entre as oito delegacias, nas principais estradas do Estado. Os outros seis instrumentos foram cedidos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) à Polícia Militar, para atuação na Capital, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. Apesar da importância, eles ficam restritos apenas a algumas situações de visível desrespeito.
O secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, admite que o número de equipamentos é insuficiente para atender à malha viária, que inclui 180 estradas estaduais e ainda os municípios, mas descarta a aquisição a tempo para o período do Carnaval. “Nosso orçamento só abre no mês de março, mas sabemos que o aparato técnico e o efetivo de policiais é pequeno diante do aumento de veículos”.
Ele entende a necessidade de se contornar os problemas de estrutura, mas alega que é impossível combater os índices de pessoas embriagadas ao volante apenas com repressão. Uma das iniciativas que pode surtir efeito é descentralização do efetivo nos quatro principais trechos, que contava só com atuação da Polícia Rodoviária Estadual. Entre eles estão Chapada dos Guimarães, Santo Antônio do Leverger, Nossa Senhora do Livramento e região de Cáceres, onde os policiais militares estão exercendo a função.
Em Cuiabá, Brito diz que foi impossível manter homens restritos ao trabalho no Batalhão de Trânsito. “Temos um efetivo pequeno, acredito que a prefeitura precisa repensar seu modelo e aumentar o número de agentes de trânsito”.