Agentes prisionais manterão a operação tartaruga nos presídio de Mato Grosso, com paralisação de 70% dos serviços. A categoria alega que, até momento, não houve acordo com o Governo do Estado, que não apresentou nenhuma proposta em relação as reivindicações de adicional de insalubridade, porte de arma e aprovação da lei orgânica.
A representante da categoria, agente Izaura Gabriella Ribeiro de Souza disse, ao Só Notícias, que os servidores podem “radicalizar e paralisar totalmente os serviços”, caso o Estado não ceda a algumas das cobranças. “Só estamos cobrando condições dignas de trabalho. É só olhar as condições de segurança das cadeias. Estamos jogados à mercê do crime organizado”, detalhou.
Em Sinop, os atendimentos estão normalizados no presídio Ferrugem. Izaura declarou que apenas 12 servidores que atuam na unidade são concursados. “Os demais são contratados e têm que manter os serviços”, justificou.
No último dia 24, a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) conseguiu decisão favorável na Justiça, tornando ilegal a greve dos trabalhadores no sistema prisional. Porém, segundo a representante da categoria, a decisão de greve foi tomada em uma nova assembléia, este ano, e não é referente ao movimento de 2007, também considerado ilegal pela Justiça.
“O governo está pressionando, baseado no artigo 4º, em que baderneiros, agitadores são passíveis de processos cíveis e administrativos. Mas estamos em nosso direito legal de fazer greve”, concluiu.