O caso de superlotação no Pronto Atendimento foi parar na polícia. Dois médicos plantonistas acionaram a PM para registrar as condições precárias de atendimento. No boletim, eles relataram que em determinada hora da noite, a unidade estava em condições precárias para realizar atendimentos, até mesmo os de emergência, devido o “super contingente” de pessoas internadas. Não foi confirmado se a decisão é para deixar clara a situação critica na unidade e evitar que profissionais sejam penalizados, futuramente, por eventuais acusações de familiares dos pacientes.
O registro foi feito dois dias depois do presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso, Arlan de Azevedo Ferreira, destacar, em Sinop, a precariedade do PA. Na ocasião, além de superlotação, ele apontou ainda a deficiência na estrutura da unidade, pediu a busca de soluções para amenizar os problemas, mostrando-se preocupado também com os casos de dengue. Para o CRM, o PA continua com irregularidades insustentáveis
Mês passado, conforme Só Notícias já informou, 14 médicos fizeram manifesto cobrando mais profissionais, equipamentos, medicamentos e condições de trabalho no PA, onde são atendidas cerca de 500 pessoas/dia. Eles apontaram que pessoas estava morrendo por falta de suporte básico. O caso culminou na troca de secretário de Saúde. Saiu Mauricio Estrada e assumiu o médico Alberto Kinoshita
Há poucos dias, a prefeitura anunciou a construção de uma Unidade do Pronto Atendimento (UPA), na avenida André Maggi, para o próximo ano. Os investimentos serão de R$ 2,5 milhões. Além de garantir o SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – e a busca de R$ 5 milhões para aplicar no hospital municipal e colocá-lo em funcionamento.