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Rondonópolis: AP2 para aeroporto ter aviões de grande porte deve demorar

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O comandante do VI Comando da Aeronáutica, major brigadeiro Ricardo Machado Vieira, esteve ontem no Aeroporto Marinho Franco, em Rondonópolis, para analisar a possibilidade do local receber um caminhão de combate a incêndio. A ausência deste equipamento provocou a determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de proibir a aterrissagem de aeronaves com capacidade superior a 60 passageiros.

A cidade tem apenas uma empresa de aviação comercial em operação com vôos regulares. Trata-se de Trip Linhas Aéreas que foi obrigada a trocar a aeronave ATR 72 que tinha a capacidade de 82 passageiros por uma ATR 42, onde viajam apenas 45 pessoas. “Hoje temos espera, em alguns casos, de dez dias devido a lotação”, disse o representante da empresa, Marcelo Augusto Camargo.

O oficial da aeronáutica fez uma breve vistoria do local e afirmou que além do caminhão de combate a incêndio, será preciso construir uma seção para o trabalho dos bombeiros e também será preciso ter um grupo de homens treinados pela Aeronáutica. Ele ensinou que o veículo deve ficar em uma posição onde não faça curvas.

O oficial da Aeronáutica antecipou que deve produzir um estudo para que o local possa ter o veículo, como foi feito em Alta Floresta e Sinop, que na sexta-feira da semana passada receberam o veículo. “Lá quem fez o estudo fui eu, mas o próprio presidente Lula esteve nestas cidades e trouxe essa necessidade”.

O major brigadeiro, no entanto, enfatizou que no caso de Sinop e Alta Floresta foram retirados veículos que estavam em bases aéreas para atender a necessidade das duas cidades. “O que eu posso adiantar é que não são veículos que estão à disposição de imediato”.
Cada um desses veículos tem um custo de US$ 600 mil e se for encomendado na fábrica nos Estados Unidos leva entre dez a doze meses para ser entregue. “Mas é uma questão que, diante dos estudos que vamos apresentar, vai ser de competência do comando da Aeronáutica decidir”, afirmou o oficial.

Fora essa questão, os técnicos da Aeronáutica constataram que a pista do aeroporto de Rondonópolis teria condições de receber até aviões maiores que o ATR 82. “É uma pista de 1.850 metros, lógico que não é o tamanho ideal, mas tem quase a mesma metragem que o aeroporto de Congonhas ou Santos Dumont”, comparou.
Apesar disso, a pista local apresenta alguns problemas considerados graves, como a ausência de iluminação necessária para vôos noturnos, por exemplo. “Trata-se de uma questão que a Anac deve analisar”, pontuou o major brigadeiro.

O prefeito Zé Carlos do Pátio, a deputada estadual Vilma Moreira dos Santos, os vereadores Milton Mutum (PR), Adonias Fernandes (PMDB), Lourisvaldo (PMDB), além do presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (Acir), José Orsi, empresários e secretários municipais acompanharam a visita do comandante de Área da Aeronáutica.

 

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