Servidores do Poder Judiciário de Sinop, Alta Floresta e Colíder definiram em assembleia, ontem à noite, no plenário do Fórum em Sinop, que vão aderir a paralisação geral, semana que vem. Em Cuiabá e Várzea Grande a decisão foi tomada no último dia 28. O presidente do sindicato da categoria, Rosenwal Rodrigues dos Santos, disse ao Só Notícias, que houve violação da lei estadual que estabelece a duração máxima de trabalho semanal de trinta horas e limite máximo de seis horas diárias e que motivaram o manifesto.
Os servidores cobram ainda a criação do cronograma de pagamento do passivo trabalhista; direito a verba pecuniária resultante da venda de 10 dias de férias e licenças-prêmio; direito à aplicação de princípio constitucional, o qual preconiza que entidades representativas de classe devem participar da elaboração de projetos de lei que atinjam diretamente os interesses dos servidores (agentes públicos) e também direito ao passivo da URV (11,98%).”Se o poder Judiciário, o presidente do Tribunal de Justiça, não cumpre a lei para os seus servidores, que o auxiliam ao fazer a justiça, será que a sociedade tem realmente justiça?”, questinou Rosenwal.
Durante os quatro dias de paralisação, pelo menos cerca de 90% dos 5,5 mil trabalhadores do judiciário de todo o Estado, cruzarão os braços. Em Cuiabá e Várzea Grande grande parte levará tendas e acampará na frente do fórum de Cuiabá para demonstrar a insatisfação dos servidores.
Enquanto a paralisação durar, serão atendidos somente os mandados judiciais com regime de urgência, disponibilizando para cada comarca um gestor e um oficial de justiça para trabalhar em serviços essenciais, e em julgamentos. Aderem ao movimento as comarcas polo de Barra do Garças, Rondonópolis, Cáceres, Tangará da Serra e Sinop. As cidades de Alta Floresta e Colíder também farão parte do manifesto.