Após constatar a retirada de grande quantidade de árvores no distrito de Progresso, no município de Tangará da Serra, a Promotoria de Justiça da cidade acionou a Secretaria Municipal de Agricultura cobrando explicações sobre a referida prática. Caso fique comprovada a inviabilidade das árvores que foram cortadas pela Prefeitura, em razão da espécie, o poder público terá que fazer a substituição por outras, que sejam tecnicamente adequadas ao local.
"Não podemos permitir que a gestão municipal e alguns segmentos da sociedade promovam cortes de árvores de forma irregular. Estamos atentos a essa questão e vamos agir com mais rigor para evitar essa prática", ressaltou o promotor de Justiça, Antonio Moreira da Silva.
No documento enviado à Secretaria de Agricultura, além de solicitar explicações sobre o fato ocorrido no distrito de Progresso, o Ministério Público também alerta a administração municipal sobre a necessidade de ouvir a sociedade antes da adoção de medidas que afetem o bem estar da população.
A presença de árvores na zona urbana e rural reduz o impacto causado pelas chuvas, evitando a erosão do solo e o consequente assoreamento dos recursos hídricos. Quando absorvida pelas plantas, a água volta à atmosfera em forma de vapor, pela transpiração das folhas, que também origina partículas necessárias (aerossóis) para que as nuvens se formem.
Estudiosos a respeito do assunto afirma que uma árvore isolada pode transpirar até 500 litros de água por dia. Além disso, a interceptação solar pelas copas evita o aquecimento dos prédios, cria ambientes que servem de abrigo nas horas mais quentes do dia e diminui as consequências da insolação direta.
As árvores podem ainda bloquear ventos frios no inverno e dirigir a entrada de correntes que resfriam o ambiente no verão. Contribui também para a redução do gasto com refrigeração.