Os Assuntos Financeiros mantém a liderança do ranking de reclamações no Procon em Mato Grosso. Segundo levantamento do órgão de defesa do consumidor, de 1º de janeiro a 31 de agosto deste ano foram feitas 2.720 queixas contra o setor, o que representa 31,05% das 8.760 reclamações registradas nestes oito meses de 2009. Entre os fornecedores mais reclamados dentro deste setor estão os bancos (721 queixas), cartões de crédito(641) e consórcios (319).
Os Serviços Essenciais, que no primeiro semestre se mantiveram em terceiro lugar, desde agosto subiram para a segunda posição do ranking. O setor inclui telefonia, fornecimento de energia elétrica, água e esgoto. De acordo com o Procon as telefônicas nunca deixaram de ser os fornecedores mais reclamados do órgão no estado. Juntas (fixa e móvel) abocanham 1.728 reclamações de janeiro até o final de agosto. Energia elétrica foi alvo de 533 queixas e água/esgoto de 257.
Segundo Ivo Vinícius Firmo, gerente de Fiscalização e Controle do Procon-MT, existem alguns monopólios naturais, como as empresas de energia elétrica e água/esgoto, que oferecem poucas opções de escolha. "Por isso foram criadas empresas reguladoras que garantiriam o mínimo de qualidade nestes segmentos onde a concorrência é pequena. Elas devem obedecer a uma série de padrões, cumprir metas e garantir a qualidade do serviço oferecido".
No caso da telefonia, uma das grandes fontes de aborrecimento, Firmo diz que, por mais que existam diversas empresas no mercado, os problemas são maiores do que deveriam. "A regra do call center, que entrou em vigor no final de 2008, vale para diversos serviços regulados. O consumidor tem que ter sempre papel e caneta na mão para anotar o número do protocolo e o nome do atendente. É uma forma de fazer um controle", alertou.
Em terceiro lugar no ranking do Procon está o setor de Produtos com 2.469 reclamações ou 28,18%. Entre os itens dos quais os consumidores mais reclamam estão o telefone (823), móveis (345) e microcomputadores (206). Em seguida vem o setor de Serviços Privados com 829 queixas (9,46%). Os serviços de saúde ocupam o quinto lugar com 127 queixas (1,45%) e o de habitação está na sexta colocação com 25 reclamações dos consumidores (0,259%). O setor de alimentos encerra a lista com 13 ou 0,15%.