O Ministério Público aguarda conclusão dos inquéritos instaurados pela Polícia Civil para oferecer denúncia contra os presos na última terça-feira (28) na operação desencadeada em Peixoto de Azevedo (200km de Sinop) com apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO). Havia duas linhas de investigação. A primeira referente a uma quadrilha que promovia assaltos a bancos e outra sobre o tráfico de drogas, ambas contando com a participação de policiais militares. Conforme o MP, ainda não há previsão de quando a denúncia será oferecida. As investigações sobre o tráfico de drogas resultaram na prisão de sete pessoas, entre elas o soldado PM Fabrício José Tobias da Silva, localizado em Cuiabá. O delegado Marcos Leão declarou, ao Só Notícias, que até o final da semana o inquérito deve ser finalizado.
A maior parcela dos presos (6) estava em Peixoto de Azevedo e um em Guarantã do Norte. Leão afirma que todos serão indiciados por tráfico de drogas, associação além de outros agravantes. “Acredito que no mais tardar até a sexta-feira o inquérito será enviado”, resumiu.
Dos três presos acusados do assalto de banco, um é o sargento José Brasil dos Santos Neto. As investigações apontaram que ele teria dado suporte para o esquema criminoso fornecendo materiais e informações sobre a fiscalização da PM no município. O inquérito sobre o ocorrido em novembro passado foi concluído.
Dos doze mandados de prisão expedidos pela Justiça dois continuam sem ser cumpridos. Ainda segundo o MP, é preciso concluir esta fase para, posteriormente, averiguar novos desdobramentos para a operação. Na semana passada a Justiça decretou a prisão preventiva dos dez acusados de pertencerem às duas quadrilhas.
Para o juiz Tiago Souza Nogueira de Abreu, da segunda vara da comarca de Peixoto, o fato de existir o envolvimento de dois policiais nos casos e suas respectivas liberdades teriam capacidade de “influenciar eventuais testemunhas que poderiam contribuir para o desfecho da investigação”.