O Ministério da Justiça prorrogou a permanência do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública em Mato Grosso, Pará e Rondônia, até 22 de abril. A autorização partiu do ministro Tarso Genro. Desta forma, a corporação continua auxiliando nas operações realizadas com intuito de coibir atividades ilegais de qualquer natureza, na região Amazônica. Entre os Estados, militares da Força Nacional têm apoiado as ações deflagradas pela Polícia Federal, Ibama, por exemplo, de combate ao desmatamento. Em Mato Grosso, uma das bases operacionais encontra-se sediada em Sinop.
A Força Nacional foi criada em 2004, pelo Ministério da Justiça, para atender às necessidades emergenciais dos Estados. É formada por policiais e bombeiros de diferentes Estados da federação, treinados em Brasília. Após treinamento ou atuação, se reintegram às suas respectivas funções nos Estados de origem, onde também repassam os conhecimentos adquiridos aos demais membros de suas corporações.
Só Notícias apurou no ministério que, desde a criação da força, mais de 8 mil policiais foram treinados, sendo submetidos a rotina de exercícios e cursos nas áreas de direitos humanos, controle de distúrbios civis, policiamento ostensivo, gerenciamento de crise e técnicas de tiro.
Para integrar o quadro, policiais são escolhidos nas unidades onde atuam, com faixa de idade entre 25 e 40 anos, além de possuir, no mínimo, cinco anos de experiência profissional e boas indicações profissionais. No Pará, Rondônia e Mato Grosso, 180 homens foram enviados para trabalharem com a Polícia Federal e polícias militares na operação Arco de Fogo, de combate ao desmatamento.
A FNSP já esteve também no Espírito Santo, entre os anos de 2004 e 2005, para ajudar no restabelecimento da ordem pública; no Mato Grosso do Sul, em 2006, para atuar junto aos presídios da capital restabelecimento da ordem pública nos presídios da capital, Campo Grande, depois de uma onda de rebeliões.
No Rio de Janeiro, 4,5 mil integrantes participaram da segurança dos jogos Pan-Americanos. Conforme o Ministério da Justiça, no entorno do Distrito Federal, cerca de 150 homens foram mobilizados para atuar na segurança pública dos municípios goianos de Luziânia, Valparaíso de Goiás e Cidade Ocidental. A operação começou em outubro de 2007 e terminou em agosto de 2008.
No Maranhão, cerca de 150 homens foram mobilizados para atuar no combate às rebeliões nas penitenciárias quando a Polícia Civil e agentes penitenciários estavam em greve. O trabalho foi realizado entre outubro de 2007 a abril de 2008.
Nas Alagoas, apoio às forças de segurança do Estado, de abril a outubro de 2008. Em Roraima, atuaram na Operação Upatakon 3 da Polícia Federal, responsável pela segurança na Reserva Raposa Serra do Sol.