A justiça de Alta Floresta acatou o pedido da defesa e concedeu a liberdade provisória ao soldado Pedro Alves Santos Filho, de Carlinda, preso desde dezembro no Comando de Policiamento de Área da PM. A decisão foi tomada pelo juiz Rhamice Abdallah, na última quinta-feira (19), após audiência na quinta vara.
O policial militar envolveu-se na tragédia que abalou a pacata cidade de Carlinda. Em sua versão, preparava-se para retirar as balas do tambor de um revólver, quando, acidentalmente tocou no gatilho, fazendo a arma disparar em direção ao pescoço do filho, de 14 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu.
O MP denunciou Pedro Alves por homicídio doloso qualificado e sustentava que sua prisão deveria ser mantida porque restavam testemunhas a serem ouvidas e “que em liberdade o acusado poderá atrapalhar ou influenciar as testemunhas”, argumento não sustentado pelo magistrado.
Mesmo em liberdade provisória, o policial deverá comparecer a todos os atos processuais determinados pela Justiça, quando intimado. Não deve se mudar de residência ou se afastar, por mais de oito dias, sem a autorização do juízo. Só Notícias apurou que o PM continua exercendo a função, mas em seção administrativa no quartel de Alta Floresta
A PM abriu sindicância para apurar a responsabilidade do soldado na morte do filho. Ela, conforme Só Notícias já informou, pode subsidiar processo demissório.