Os trabalhadores do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) fizeram uma manifestação na Assembleia Legislativa para conseguir apoio dos deputados na aprovação do projeto de lei que define o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) da instituição. O documento está na Procuradoria Geral do Estado (PGE) e precisa ser votado hoje. A partir de amanhã, começa o recesso, o que adia a decisão para o ano que vem. Caso isto aconteça, os médicos do Samu ameaçam fazer greve.
No encontro, os profissionais conseguiram apoio de 8 deputados, entre eles os que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde. O médico Celso Vargas disse que os profissionais trabalham por amor, já que o salário deles é menor que o dos profissionais das policlínicas. Além do salário inferior, eles não recebem adicionais por perigo e insalubridade. "Andamos em ambulâncias em alta velocidade, no meio de tiroteio e lugares inacessíveis sem ganhar nada pelo risco".
Os médicos pedem também melhoria na condição de trabalho. Eles reclamam da falta de estrutura do prédio, bem como equipamentos. Alguns rádios estão quebrados e as ambulâncias precisam de manutenção.
A categoria também questiona a função estipulada na lei atual, que dá aos profissionais a atribuição de regulador e não socorristas. O regulador é responsável por ficar na base, fazer as orientações e também manter comunicação com os hospitais. Já os socorristas, atuam dentro das ambulâncias.
Hoje de manhã, os profissionais do Samu vão fazer uma manifestação na frente da PGE.
Outro lado – O diretor do Samu, Daoud Abdallah, diz que todas as reivindicações foram aceitas e estão encaminhadas. O problema são os trâmites burocráticos.