O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, José Silvério Gomes e o vice-presidente, Paulo da Cunha, receberam, hoje, o chefe da unidade estadual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Mato Grosso, Delvaldo Benedito de Souza, que pediu apoio na divulgação do trabalho de recenseamento, no meio judiciário. Ele revelou que, embora já esteja perto de acabar o prazo final para conclusão o levantamento de quantos moradores o Estado tem atualmente, há dificuldades de localizar muitas pessoas. Segundo ele, na grande Cuiabá cerca de sete mil domicílios fechados ainda não foram recenseados, somados a outros onde o instituto sabe que há moradores, mas o recenseador não consegue contato. Ele quer o apoio da Justiça para auxiliar o acesso do recenseador a esses domicílios – a maioria em condomínios fechados e edifícios de classe média e alta.
“É importante que o morador desses edifícios converse com os vizinhos, o síndico, sobre a necessidade de deixar o recenseador entrar”, destacou o chefe do IBGE. Na prática, o IBGE está se precavendo de futuros questionamentos das prefeituras. Na audiência com a cúpula do Tribunal de Justiça, Delvaldo expôs que repasse de verba do Fundo de Participação dos Municípios que é condicionado a estimativa populacional. “Aqueles prefeitos que perdem verba do FPM, por exemplo, acabam recorrendo à Justiça para revisão dos dados”, apontou.
Os desembargadores ouviram os apelos do representante do instituto e vão analisar o que será possível ser feito. O presidente do Tribunal de Justiça destacou a importância do censo para e a necessidade da população atender o recenseador. “O censo irá mostrar a face do Brasil, não apenas com dados populacionais, mas também com informações sobre renda e moradia”, disse Silverio.
A fase de coleta de dados do Censo 2010, que teve início no dia 1º de agosto, termina no próximo dia 26. No dia 27, os dados coletados em campo nas unidades estaduais começam a ser transmitidos para a sede do IBGE, em Brasília. Por esse motivo, é fundamental que aqueles que ainda não tenham sido recenseados respondam ao questionário. A ausência de respostas não prejudica os dados populacionais, já que existe uma estimativa do número de habitantes por domicílio, mas informações importantes utilizadas por pesquisadores de vários setores ficam sem resposta, como característica dos domicílios e renda familiar.
Para entrar em contado e pedir a visita de um recenseador em seu domicílio até o dia 26, foram disponibilizados no Estado dois números gratuitos. Em Cuiabá, o 0800-645-0156 e, em Várzea Grande, o 0800-647-4142, além do número nacional (0800-721-8181). Em Mato Grosso, conforme Só Notícias já informou, o censo é realizado por 2,5 mil recenseadores e 350 supervisores, responsáveis pela fiscalização no levantamento de dados.