A greve no Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) continua por tempo indeterminado. Os servidores rejeitaram o pedido da reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria Lúcia Cavalli Neder, de fazer um novo estudo para discutir a redução das horas semanais trabalhadas. Esse estudo aconteceria devido ao conflito de informações entre os grevistas e os chefes de departamentos.
Em assembleia realizada ontem, os técnicos-administrativos definiram que a Reitoria não atendeu "nenhuma das reivindicações" solicitadas pela categoria, inclusive a redução de 40 para 30 horas semanais, a principal delas.
Um dos representantes do movimento grevista, Ricardo Lisita, disse que não existe cronograma de execução das exigências. Quanto ao pedido da reitora para um novo estudo, ele acredita ser desnecessário. "É gastar o dinheiro público. É desmerecer o servidor que fez o trabalho lá dentro".
Segundo Lisita, a rejeição da proposta aconteceu por unanimidade. "Disse que vai levar alguns seguranças da UFMT para o hospital, mas não informou quando nem quantos deles".
Os caixas eletrônicos instalados no hospital já foram alvos de assaltantes.
Os servidores estão em greve desde o dia 5 de outubro e exigem, entre outras questões, a segurança na instituição, melhor infraestrutura, substituição de equipamentos quebrados e redução da carga horária. Com a greve, em torno de 500 pacientes deixam de ser atendidos diariamente. O atendimento acontece por triagem entre os casos mais graves.
Na sexta-feira (15), o Conselho Gestor do hospital se reunirá para definir a data para o próximo pleito e os cargos que serão disputados. O atual superintendente e diretores foram escolhidos sem votação.
Outro lado – A reitora Maria Lúcia Neder disse que espera receber oficialmente a decisão da assembleia, mas adiantou que sua proposta já foi dada e não apresentará outra.