A Corregedoria-geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso isentou de responsabilidade o juiz Marcos José de Siqueira, da 3ª Vara Cível de Várzea Grande, que passava por uma investigação a respeito do seu comprometimento por ter liberado neste ano recursos de R$ 8,8 milhões em nome de Olímpio José Alves, falecido em 2005. As conclusões, segundo o corregedor-geral, desembargador Manoel Ornellas de Almeida, levaram a compreensão de que o magistrado foi induzido a erro pelos advogados que deverão ser acionados pela Justiça junto a OAB/MT. Estranhamente, o processo que estava em poder de um dos advogados e posteriormente foi dado como roubado, inclusive com a declaração de boletim de ocorrência apareceu na Corregedoria do Tribunal de Justiça, remetido através dos Correios por pessoa desconhecida.
Olímpio José Alves teria comparecido no início deste ano em Várzea Grande, perante o juiz solicitando a liberação dos recursos sendo que ele faleceu em 2005 na Beneficência Portuguesa. O rumoroso caso ganhou notoriedade nacional por causa dos bens e dos valores que foram movimentados em nome de Olímpio José Alves, que reconhecidamente nunca teve dinheiro a não ser alguns poucos bens de valores relativos.
As investigação deverão recair sobre Alexandre Peres de Pinho, advogado da Rio Pardo Agro Florestal S/A, que teria comandado o processo de execução das dívidas e teria supostamente recebido os recursos através de procuração. Agora o processo será devolvido a 3ª Vara Cível de Várzea Grande para que providências sejam tomadas inclusive em relação a recuperação judicial dos recursos liberados erroneamente.