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Rinha de galo funciona em MT por força de uma liminar

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Um Campeonato Internacional de Rinha de Galo funciona desde quinta-feira (9) com liminar da Justiça em Cuiabá e conta com a participação de pessoas de todo o Brasil, além de alguns bolivianos. A Sociedade Avícola Nova Geração foi autuada 2 vezes em menos de 24 horas pela Polícia Federal e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). Em um terreno próximo foram encontrados 5 galos mortos e 1 agonizando. Mesmo diante dos flagrantes, o delegado do Meio Ambiente da PF, Rodrigo Bartolamei, acredita que a briga entre animais continuará.

A primeira vistoria foi feita no local após uma denúncia anônima. Ao chegar no loca, a PF encontrou cerca de 200 galos e 150 pessoas que participavam da rinha. Os animais foram apreendidos e o presidente da Sociedade, Wilson de Bento, ficou como fiel depositário. Ontem, agentes do Ibama voltaram ao local, com apoio da PF, para verificar a situação de maus-tratos dos animais e novamente foi flagrado o campeonato funcionando e cerca de 150 animais na disputa. As 3 arenas funcionavam quando a Polícia chegou e várias pessoas faziam apostas. Os participantes se mostraram bastante irritados com a presença da Polícia e imprensa, mas ninguém quis comentar o assunto.

Novamente, os animais foram apreendidos e deixados na responsabilidade de Wilson. A PF explica que são muitos galos e não existe um local adequado para levá-los, por isso são mantidos na sede da Sociedade. Conforme o delegado, o presidente apresentou uma liminar que permite o funcionamento da prática de rinha de galo, porém o documento não aprova os maus-tratos cometidos no local. O Supremo Tribunal Federal (STF) aprecia o mérito da questão. O delegado destaca ainda que nenhuma decisão judicial respalda crimes.

Para Bartolamei, os galos encontrados mortos confirmam os excesso nas rinhas, figurando maus-tratos. O Ibama também confirmou que vários animais estão bastante feridos e debilitados por conta das brigas. A pena para este crime é de 3 meses a 1 ano de prisão. Dentro do prédio, que a imprensa foi proibida de entrar pelo proprietário, foram apreendidos esporões de ferro e plástico, e medicamentos de origem estrangeira, que podem ter entrado no país de forma clandestina.

A procedência desses remédios será investigada, bem como as pessoas que participavam do campeonato no momento do primeiro flagrante. O delegado afirma que todos foram identificados e podem vir a responder criminalmente. Um vizinho da sede, que não quis se identificar, afirma que as rinhas ocorrem semanalmente e com a presença de pessoas importantes da sociedade, incluindo nomes dos poderes legislativo, executivo e judiciário.

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