O Tribunal de Justiça confirmou, esta tarde, que, além da vereadora Regiane de Freitas, de Colíder, mais 4 pessoas presas na Operação Tribuna do Pó, feita ano passado, também foram condenadas por tráfico: Francivaldo da Silva Menezes (25 anos e oito meses), acusado de comprar a droga de um traficante boliviano e fazer a distribuição na região de Colíder; Luiz Carlos de Jesus (17 anos e quatro meses), que vendia a droga trazida por Francivaldo; Rafaela Rodrigues dos Santos (16 anos), também revendedora da droga, e Valdinei Cristiano Uliano (quatro anos e quatro meses), apontado como a pessoa que cobrava as dívidas para Francivaldo. Celiomar Ferreira pegou dois anos e oito meses, após redução de pena por delação premiada, que admitiu esconder em sua residência a droga e a balança de precisão utilizada pelo grupo; Aline Marques da Silva, Márcio Monteiro Jayme e Américo Tripodi Filho foram condenados a 3 anos de reclusão, todos por associação ao tráfico, e Ozeni Batista dos Reis, a 6 meses e 20 dias, teve a pena reduzida em dois terços por duas vezes, por ser primária, ter bons antecedentes e por delação premiada. A justiça concluiu que ela mantinha amizade com Rafaela, deixar a traficante guardar entorpecentes dentro da residência dela. Os advogados deles ainda podem recorrer das sentenças, expedidas pela juíza Anna Paula Gomes de Freitas.
“Dos nove sentenciados, de acordo com a sentença da magistrada, apenas Ozeni Batista dos Reis poderá recorrer da decisão em liberdade. Dos outros oito condenados, três conseguiram fugir da cadeia Pública de Colíder, em 16 de fevereiro deste ano: Francivaldo Menezes, Valdinei Uliano e Luiz Carlos Jesus. Os outros cinco estão presos, entre eles a vereadora licenciada, que por ser a única com curso superior, está em prisão especial em Cuiabá.
Conforme Só Notícias já informou, a operação foi deflagrada pela Polícia Civil de Colíder em 15 de outubro de 2009, após um ano de investigações, que tiveram nas escutas telefônicas as principais provas contra o grupo. A droga, que tinha origem na Bolívia, chegava a Colíder em carros e ônibus. Ali era vendida na rua, em casas de traficantes ou entregues pelo disque-droga. Na ocasião, foram expedidos pela Justiça 20 mandados de prisão, sendo 15 para Colíder, base da operação.