A arte mato-grossense perdeu um dos seus importantes nomes. A artista plástica Osvaldina dos Santos, 79, morreu ontem em casa. Ela sofria de Mal de Alzheimer e dedicou 40 anos da sua vida à cultura, o restante foi destinado à educação.
Nascida em 1931, Osvaldina exerceu o magistério dos 19 aos 46 anos. Quando pensava em se aposentar como professora primária descobriu as artes plásticas como nova atividade a ser desenvolvida. Uma idade considerada avançada para adestrar as mãos para a pintura. Mesmo assim, ela foi reconhecida como uma artista plástica.
Na década de 70, Osvaldina começou a frequentar o Ateliê da Fundação Cultural de Mato Grosso. Na época, supervisionada pela artista Dalva de Barros, que aponta Osvaldina como "uma artista popular, começou pintando em casa, mas que tinha muita criatividade".
A professora que virou artista recebeu homenagens em vida, como a feita por Gervane de Paula. Em apresentação do catálogo "Artistas do Século", em maio de 2000, no Museu de Arte e Cultura Popular, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ele escreveu vários nomes importantes, incluindo o de Osvaldina.
Osvaldina foi participante de inúmeros Salões de Mato Grosso e recebeu premiação no Salão Jovem Arte Mato-grossense, com a tela "São Benedito". Em 1983 foi premiada no VI Salão Nacional de Artes Plásticas e diversos prêmios em salões no interior de São Paulo, além de vencer, em 1989, a Concorrência Fiat, com o conjunto de telas homenageando os casarios.
De "aluna" do Ateliê Livre da FCMT, a artista passou a orientadora e lá trabalhou quase 20 anos. No fim dos anos 90, o ateliê foi batizado como Ateliê Livre Osvaldina dos Santos, mais uma homenagem a este importante nome da arte mato-grossense.
Despedida – O corpo da artista será velado na Capela Pax, na avenida Pernambuco CPA 2, em Cuiabá. O cortejo de sepultamento está previsto para às 15h de hoje, com destino ao cemitério Recanto da Paz, em Várzea Grande (próximo ao Trevo do Lagarto). (Com Assessoria)