Todos os bens bloqueados pela Justiça Federal durante a operação "Jurupari", da Polícia Federal, foram liberados ontem pelo Tribunal Regional Federal, 1ª Região, em Brasília. A informação é do advogado Valber Melo, que representa Janete Riva, uma das pessoas presas e citadas no processo que apura crimes ambientais em áreas indígenas e unidades de conservação em território mato-grossense.
A operação Jurupari foi deflagrada em maio e levou 64 pessoas para a cadeia sob acusação cometerem os crimes investigados há 2 anos. Na época, foi estimado que pelo menos R$ 900 milhões haviam sido movimentados pelos envolvidos.
Ontem, o TRF julgou todos os 26 mandados de impetrados para liberação dos bens dos acusados e estendeu o mesmo benefício aos que tinham bens bloqueados, mas não haviam ingressado com pedidos na Justiça.
O defensor de Janete, Melo, afirma que o TRF entendeu que a decisão Judicial para apreender os bens foi genérica e sem fundamentação. "Não havia determinação do que seria bloqueado, por exemplo".
Além de Janete Riva, também foram citados na operação o genro dela, Carlos Azóia, os assessores parlamentares Cristiano Volpato e Adilson Figueiredo, o ex-secretário de Estado de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, o ex-secretário adjunto de Meio Ambiente e que ocupava a secretaria adjunta de Desenvolvimento Rural (Seder), Afrânio Migliari, o ex-conselheiro do TCE Ubiratan Spinelli e o filho dele, Rodrigo Spinelli.