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Sinop: perito depõe e diz que aparelho anti-acidente de jato estava desligado

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A justiça federal em Sinop ouve, neste momento, o depoimento de um perito em acidentes aéreos, sobre a segunda maior tragédia da aviação civil brasileira, que aconteceu no Nortão de Mato Grosso, em setembro de 2006.
Roberto Peterka está depondo e respondendo também perguntas da procuradora federal, Analicia Trindade, sobre as investigações feitas sobre o acidente envolvendo o Boeing da Gol e o jato Legacy, que deixou 154 mortos. Ela indagou o perito sobre a altitude do jato Legacy, pilotado por americanos, que conseguiram pousar na base áerea do Cachimbo. “Se tivesse mantido a altitude de 2 mil pés de diferença entre o Legacy e o boeing, como planejado no voo do Legacy, o acidente não teria acontecido”, disse.

Respondendo questionamentos sobre o equipamento transponder (que aponta a aproximação de aeronaves que podem representar risco de colisão) ele expôs que “o transporder teria sido desligado cerca de cinco minutos depois do jato chegar em Brasília, aonde o Legacy deveria ter ajustado a rota para 36 mil pés mas o transponder foi desligado e a torre perdeu o contato com o jato”. O acidente ocorreu depois que o Legacy saiu de Brasília. O perito ainda disse para a procuradora que se o “piloto não tivesse desligado o transponder, o acidente não teria acontecido e a torre teria ajustado a rota”. Os americanos Jodeph Lepore e Jan Paladino pilotavam o jato quando houve o acidente. Eles ficaram alguns dias detidos no Rio de Janeiro e, posteriormente, liberados para voltarem aos Estados Unidos.

O perito também declarou que os pilotos “não tinham conhecimento necessário sobre o jato Legacy”. Segundo ele, “o Cenipa considerou que o Joseph Lepore só tinha 5 horas de voo de reconhecimento do avião e que seriam necessários no mínimo 15 horas”.  Com isto, segundo ele, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino não teriam a licença legal para pilotar o avião no território nacional e que deveria ter um treinamento suplementar, coisa que não aconteceu.

Em seguida, o perito passou a responder questionamentos do advogado dos familiares de algumas vítimas e voltou afirmar que os pilotos receberam um plano de voo até Manaus “mas não analisaram adequadamente e voaram aleatoriamente e que acabou causando esse acidente”.

Ele afirmou que o Cenipa (da Aeronáutica) reconhecia a “inexperiência dos pilotos” e que, possivelmente, houve falhas também dos operadores da torre de controle.

 

(Atualizada às 17:05h)

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