O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur) cumpriu o que prometeu e um grupo de servidores, que está em greve desde o dia 31 de maio, ocupou o Paço Municipal ontem, ficando boa parte do tempo, protestando. “Viemos aqui hoje e vamos voltar. Somente amanhã é que vamos até a Câmara de Vereadores”, disse o presidente do sindicato, Rubens Paulo. O Paço virou, pelo menos ontem, uma espécie de Quartel General da greve, pois todo o comando da mobilização discutiu as ações dentro da prefeitura e não no sindicato, como de costume.
O movimento foi pacífico. Os servidores entraram na prefeitura e se espalharam por todos os setores do prédio, como forma de protestar contra o prefeito Zé Carlos do Pátio. “A impressão que eu tenho é que ele [prefeito] não está ligando para os servidores, não vem aqui conversar com a gente”, disse o presidente do Sispmur.
O sindicalista também criticou o posicionamento do presidente da Unisal, Miguel Milane, que declarou que vai trabalhar para que a Câmara de Vereadores destranque a pauta de votação. “O que nos deixa chateados é que ele [Milane] está fazendo isso a pedido do prefeito e de um vereador”, repassou Rubens Paulo.
A categoria fez uma rápida assembleia e voltaram criticar o prefeito que, segundo a categoria, estaria colocando os servidores em greve contra a sociedade. “Vamos mostrar quem está contra a sociedade”, avisou um servidor.
A greve é em razão do prefeito Zé Carlos do Pátio não ter aceito a proposta de 16% de aumento, divididos em duas parcelas de 8%. O prefeito apresentou como contra proposta um aumento de 2% a partir de julho. Na semana passada, o vereador Lourisvaldo Manoel de Oliveira mostrou uma nova proposta com aval do prefeito que previa 2% para julho e mais 1% para novembro, além do pagamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor em janeiro e a reabertura das conversas para discutir o ganho real em março de 2011.