Começou, esta tarde, por tempo indeterminado, novo movimento grevista dos servidores do Poder Judiciário, que tem 5,5 mil profissionais. Eles cobram auxílio-alimentação de R$ 500 mensais, início do pagamento do passivo da URV e implementação da resolução 48 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontando que oficial de justiça só poderá ocupar o cargo com a conclusão do curso superior, preferencialmente em Direito.
Em Cuiabá, onde está a maioria dos servidores, houve forte adesão ao movimento. Estão previstas também manifestações em Várzea Grande De acordo com o representante do Sindicado dos Servidores do Judiciário em Sinop, Ricardo Barsand, a categoria só voltará ao trabalho quando os pedidos forem atendidos. ” Só quando o dinheiro estiver em nosso bolso. Desta vez não aceitaremos promessas”, disse Barsand, ao Só Notícias.
Na assembleia, realizada hoje, os servidores anunciaram a paralisação e formaram as escalas de plantão para o atender serviços como cumprimento de alvará de soltura, intimações de réus, mandados para que sejam concedidos leitos de UTI e remédios, que são considerados essenciais. Uma faixa -“estamos em greve”- já está fixada em frente ao Fórum em Sinop, onde há cerca de 100 servidores. E, amanhã, a categoria estará de braços cruzados também em frente ao Fórum como forma de manifesto.
O Tribunal de Justiça aponta que o pagamento da URV deve ocorrer dentro de 60 dias e deve custar R$ 200 milhões.
A última paralisação dos servidores da justiça matogrossense havia sido em novembro passado e durou cerca de 30 dias.