O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) cancelou 1.108 mil benefícios do programa Bolsa Família em Mato Grosso. Esta é a terceira etapa consecutiva de exclusões, desta vez originadas porque as famílias não informaram a escola dos filhos no Cadastro Único. De acordo com a União, a falta de dados sobre as unidades de ensino impedia que o governo monitorasse a frequência escolar de beneficiários com idades entre 6 e 17 anos. Não foi divulgado balanço dos cancelamentos por cidades.
O total em Mato Grosso representou 1,2% dos cancelamentos realizados em todo o Brasil: 86.963. Os Estados da Bahia e de São Paulo concentraram o maior número de perdas. Isto é, no primeiro, 15,9 mil famílias foram baixadas do Bolsa Família pelo Ministério do Desenvolvimento Social. No segundo, por sua vez, 12,5 mil.
Em praticamente todas as unidades federativas brasileiras beneficiários foram retirados do programa. Em Minas Gerais foram 7,7 mil o que representou a terceira maior fatia do país. Para evitar a perda do benefício, a população atendida precisa cumprir as condicionalidades nas áreas de educação e saúde e manter o cadastro atualizado.O menor numero de cancelamentos foi do Acre, 169.
Em âmbito nacional, outras duas operações desta natureza foram executadas. Em janeiro, aponta o MDS, 23,5 mil famílias perderam o benefício por baixa frequência escolar (a exigência de 85% das aulas para alunos de até 15 anos e de 75% para adolescentes de 16 e 17 anos) e, em fevereiro, outras 709,9 mil tiveram o Bolsa Família cancelado porque não atualizaram seus dados cadastrais até 31 de dezembro.