Os servidores municipais não aceitaram a proposta salarial feita hoje, pela prefeitura, para a reposição salarial ser de 4,11%. Na assembléia realizada nesta sexta-feira à noite, a categoria decidiu que, a partir da próxima quinta-feira, estarão paralisando as atividades por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em unanimidade por 300 trabalhadores, o que representa 15% dos filiados ao Sindicato dos Servidores Municipais.
Oficialmente, o sindicato não recebeu a proposta de reposição e que não haveria aumento real. O presidente do sindicato, Adriano Marlon, manifestou que foi feita apenas informalmente, em uma reunião realizada quinta-feira, na prefeitura com o vice-prefeito, Aumeri Bampi, o secretário de Administração, Alcione Paula da Silva, e uma comissão de servidores representando o sindicato.
A reivindicação da categoria não é apenas a reposição e aumento salarial de 15%, mas também melhoria nas condições de trabalho. De acordo com o presidente do sindicato, Adriano Perotti, se o prefeito fizer um acordo e atender alguns pedidos, a paralisação poderá não ocorrer. “Estamos esperando uma contra posposta da prefeitura, pois já fizemos a pauta e o prefeito não respondeu nenhum dos itens, mas ele deve estar respondendo na próxima semana”, disse Adriano, ao Só Notícias.
O servidor da Saúde Marcelo Ferraz, que esteve na reunião de quinta-feira, disse ao Só Notícias que a principal reivindicação da categoria é o aumento salarial dos 15% e implantação do plano de cargos, carreiras e salários. “Eu saí muito decepcionado da reunião porque o vice-prefeito não passou nenhum posicionamento para nós, pois fizeram apenas a contra proposta de 4,11% e já estamos com uma perca muito grande que passa de 15% e isso, para nós, foi descaso”, desabafou o servidor.
Conforme Só Notícias já informou, o secretário de Finanças, Silvano Amaral, disse que a prefeitura não tem caixa para ser concedido aumento real aos funcionários municipais. Alegou que, se fosse dado 1% de ganho real, como aconteceu ano passado, o acréscimo mensal na folha seria de R$ 200 mil, girando cerca de R$ 2 milhões por ano. E não seria possível buscar estes valores já que a arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios e a participação no rateio do ICMS caíram em janeiro e fevereiro. A folha de pagamento hoje é de aproximadamente R$ 6 milhões/mês correspondente a 3 mil servidores.