Os problemas acarretados pelo excesso de chuva em Peixoto de Azevedo (210km de Sinop) e que anteriormente atingiam principalmente a faixa rural estendeu-se nos últimos dias ao perímetro urbano. Ontem, os 131,5 milímetros de chuvas – aferidos pela Agência Nacional de Águas (ANA) – foram suficientes para aumentar o nível do córrego das Lavadeiras e provocar alagamentos no bairro Aeroporto.
Ao menos vinte casas foram atingidas. As construções localizam-se a aproximadamente 500 metros do córrego que atravessa a cidade. O poder público já decretou situação de emergência e busca apoio do Estado com a destinação de recursos. Uma reunião entre o prefeito Sinvaldo Brito e o governador Blairo Maggi deve ser agendada para tratar do assunto.
Na zona rural os prejuízos continuam aumentando. O poder público calcula que as perdas de produtos oriundos da agricultura familiar sejam expressíveis. Somente de leite são 2,5 mil litros/dia perdidos. De banana, outras duas mil caixas entre os assentamentos Planalto do Iriri, Vida Nova 1 e 2, Antônio Soares e São Luis.
As estradas também continuam intransitáveis bem como pontes sendo destruídas pela força da água. Já chega a 23 o total de estruturas prejudicadas. A que liga as cidades de Peixoto a Terra Nova do Norte (rio Peixoto) está submersa e pode ser carregada a qualquer instante. Nos últimos dias o nível do rio subiu em torno de 12 metros. Plantações e estradas foram inundadas.
A preocupação na cidade é que o ciclo das chuvas persista pelos próximos meses.