O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso se reuniu ontem com o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, para expor a situação de terror que os bancários estão vivendo com os constantes assaltos e para entregar as propostas do Sindicato de ações em combate a violência nos bancos em todo Estado.
Estavam presentes na reunião o presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva, o vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso (CUT-MT), Alex Rodrigues, e a presidente da Federação dos Trabalhadores da Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec), Sonia Rocha. Os representantes dos trabalhadores afirmaram que os bancários vivem em constante insegurança pensando que serão as próximas vítimas das ações de bandidos. "É frequente os telefonemas de bancários que desabafam o sentimento de pânico no ambiente de trabalho. Durante nossas visitas no interior, os funcionários dizem que não sentem mais a mesma alegria em trabalhar em banco por causa dos riscos", expõe o vice-presidente da CUT-MT, Alex Rodrigues.
Durante a reunião, o secretário da Sejusp, Diógenes Curato, recebeu as propostas do Sindicato para efetivar a ação conjunta em combate a violência bancária no Estado. A primeira e principal proposta é a criação de um Grupo de Trabalho de Segurança Bancária formado por representantes de entidades de todas as áreas envolvidas, sob a coordenação de secretaria de de Segurança Pública, com reuniões periódicas a cada trimestre. O resultado dessas reuniões, de acordo com a proposta, é buscar soluções de ações integradas para proteger a vida dos bancários e clientes, e prevenir ataques a bancos.
A outra proposta é a disposição dos dados estatísticos por parte da Sejusp de assaltos a bancos, caixas eletrônicos, saidinhas de bancos e tentativas de assaltos e sequestros envolvendo os bancários e clientes afim de pressionar os bancos a investir em segurança nas agências. A terceira proposta é a monitoração das polícias Militar e Civil nos dias de pagamentos de aposentados e folhas importantes, principalmente nas agências do interior do Estado.
"Nosso objetivo não é criar um clima de guerra onde de um lado tem os bandidos e do outro, os policiais. Mas é importante que haja um maior efetivo nos dias de pagamento, pois as ações das quadrilhas acontecem nestes momentos. Nós falamos para o secretário da Sejusp a situação alarmante que os bancários e população está passando por causa dos assaltos", afirma o presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva.
Em resposta as propostas apresentadas pelo sindicato, o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curato, concedeu ao SEEB-MT um espaço na reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), por reconhecer a importância da efetivação do Grupo de Trabalho de Segurança Bancária.
O GGI é um fórum deliberativo e executivo que opera por consenso, sem hierarquia e respeitando a autonomia das instituições que o compõem e funciona como uma força-tarefa permanente, discutindo, debatendo e apresentando propostas. Compõe o GGI o Secretário de Justiça e Segurança Pública, Polícia Militar, Corpo de Bombeiro, Superintendente de Perícias e Identificação, Superintendente do Sistema Prisional , DETRAN , Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas, Tribunal de Justiça, Procurador Geral de Justiça, Gabinete de Gestão Integrada, Representante do SENASP e representante da ABIN.
A próxima reunião está agendada para fevereiro e através do espaço que o Sindicato terá para apresentação das propostas, as possibilidades da implantação de um Grupo de Trabalho de Segurança Bancária podem ser efetivadas.
"Esperamos que desta reunião possa se definir um um grupo de Trabalho de Segurança Bancária, onde poderemos integrar todas as entidades envolvidas em segurança bancária e reforçar o combate a ação de criminosos", afirma a presidente da Fetec, Sônia Rocha.