Os bancários de Mato Grosso querem a formação de um grupo de trabalho, em parceria com o Estado, para formular medidas para garantir a segurança dos profissionais nas agências. O presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro de Mato Grosso (SEEB-MT), Arilson Silva, diz que existem hoje cerca de 5,5 mil profissionais, entre bancários e prestadores de serviço, que trabalham em bancos. Eles estão assustado com a fragilidade dos sistemas de segurança e a quantidade de assaltos, principalmente no interior de Mato Grosso.
Silva diz que as agências também "pecam" pela falta de equipamentos para prevenção. Parte das 16 agências assaltadas no ano passado não tinham câmera para ajudar na identificação dos bandidos. As portas rotatória, que teriam que alertar sobre a presença de metal, não funcionam na maioria das vezes. Outra questão é a falta de blindagem nos vidros do imóvel.
Silva diz que é necessário desenvolver uma legislação municipal ou estadual para obrigar os banqueiros a fazer investimento em segurança. Para conseguir o mecanismo, o sindicato pretende contar com o apoio do governo.
Hoje, está agendada uma reunião com o secretário Diógenes Curado, da Secretaria de Estado e Justiça. O encontro acontece após 2 assaltos em menos de 20 dias em agências do interior.
A agência da Canarana (823 km a leste de Cuiabá) e Confresa (1.106 km a noroeste da Capital) foram alvo no começo deste ano. Arilson explica que os criminosos aproveitam-se da pouca estrutura da Polícia para cometer os crimes.
Na cidade de Confresa, a gerente e a família dela foram reféns dos assaltantes. Eles invadiram a casa da bancária para obrigá-la a abrir a agência.
A Polícia ainda não encontrou os suspeitos, que fugiram no carro do tesoureiro do Banco. O veículo foi encontrado na saída da cidade e os policiais não têm pistas do grupo, que pode estar escondido na mata ou em outro Estado, pois Confresa fica a menos de 200 km do Pará.