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Índios permanecem em usina do Nortão; Funai pede para que saiam

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Continua o protesto dos índios das etnias Arara e Cinta Larga que ocupam a entrada da Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Dardanelos, em Aripuanã. Esta tarde, o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Augusto Freitas de Meira, enviou aos indígenas uma carta pedindo a eles que desocupem a usina. Os indígenas querem que sejam feitos novos ajustes no Plano Básico de Meio Ambiente (PBA). De acordo com a carta da Funai, “há que se destacar que embora estejam sendo solicitados os ajustes em alguns programas, e que não tenha havido assinatura do termo de compromisso, há ações que vem sendo implementadas pelo empreendedor”.

Algumas dessas ações que já beneficiam os indígenas são: o custeio de cursos de graduação universitária para cinco estudantes Arara, que ocorre desde julho deste ano; construção de sede da Associação Pasapkareej do povo Cinta larga, e da Associação Yukapkatan do povo Arara, com doação de materiais de informática, em agosto.

Além da apresentação para o Conselho Gestor dos Programas de Educação Patrimonial e de Etnoarqueologia e do Estudo do Centro de Memória e Cultura Arara e Cinta Larga, em agosto. Entrega da Casa do estudante, Cinta Larga, em Aripuanã, e providência para a compra de um microônibus.

Em outro trecho da carta o presidente da Funai diz: “ressaltamos que todos os esforços estão sendo enviados pela Funai no sentido de chegar a um PBA satisfatório, condizente com os impactos identificados e passível de plena execução. Nos comprometemos, ainda, a realizar a análise técnica da nova versão do PBA em até 10 dias a partir do protocolo pelo empreendedor. Diante dos expostos, esclarecemos a impossibilidade de haver deslocamento de representante da Funai sede, e visando evitar que os representantes indígenas sejam responsabilizados por eventuais danos ao patrimônio privado, recomendamos que os indígenas presentes deixem o local e retornm as suas aldeias”.

A empresa Águas da Pedra, responsável pela usina, emitiu uma nota falando sobre a ocupação e que as reivindicações dos indígenas “são descabidas e absurdas, tais como pagamentos mensais em dinheiro, o que, sob nenhuma hipótese, cabe à empresa atender. Ações como essas comprometem cada vez mais os investimentos no setor elétrico nacional. A Energética Águas da Pedra S/A – EAPSA, concessionária da UHE, para preservar a integridade de seus funcionários e temendo novas depredações as suas instalações, retirou do local seus operadores, interrompendo a geração de energia elétrica, o que gera prejuízo para a empresa e para o país. A empresa repudia veementemente essa atitude injustificada, que infelizmente vem se tornando rotina. A EAPSA espera que sejam restabelecidas a ordem e a segurança pública para permitir o funcionamento normal da Usina em consonância com os direitos legais e constitucionais”.

Conforme Só Notícias já informou, os indígenas pedem R$ 50 mil por mês para manter duas associações que foram construídas nas aldeias, além de duas caminhonetes e dois carros. Essa é segunda ocupação da usina em 5 meses.

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