quinta-feira, 19/setembro/2024
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Ataques a bancos crescem 140% em Mato Grosso

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O número de assaltos na modalidade "Novo Cangaço" a agências bancárias de Mato Grosso até agora é 140% maior que o registrado nos 12 meses de 2010. A situação, associada a chegada do final do ano e pagamento do 13º salário, coloca em pânico funcionários das instituições financeiras, especialmente do interior do Estado, onde as ações são frequentes. De janeiro até agora, foram 12 ataques, contra os 5 registros do ano passado.

Diante do crescimento e dos assaltos ocorridos em Santo Antônio do Leste e Colniza (379 km ao sul e 1.065 km a noroeste de Cuiabá, respectivamente), o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), Arilson Silva, vai protocolar na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) um pedido de antecipação da reunião, que ocorreria somente no início de dezembro, para discutir as medidas de segurança que devem ser tomadas neste período de festas, quando a movimentação de dinheiro nas agências é ampliada.

Conforme o sindicalista, algumas medidas já constam no projeto piloto do Plano de Ações de Prevenção e Repressão Imediata a Roubos a Banco, elaborado pelo Grupo de Trabalho Bancário da Sesp. Porém, neste mo- mento, ele vê a necessidade de antecipar a discussão, uma vez que os bancos não tomam nenhuma medida preventiva para proteger seus funcionários. "Estamos recebendo muitas ligações dos bancários do interior do Estado. Tanto dos que trabalham em agências que já foram assaltadas quanto de lugares que ainda não tiveram registros. Os funcionários estão desesperados e a sociedade também".

O medo citado por Arilson é justificado pelo número de servidores de agências bancárias levados como reféns pelos assaltantes. Em todos os ataques deste ano, os bandidos usaram os clientes e bancários que estavam no local como barreira humana, além de levar algumas pessoas como forma de proteção durante a fuga.

Somente nos 2 assaltos desta semana, 13 funcionários e clientes foram feitos reféns. Ninguém ficou ferido. Porém, em julho, um assalto ao Banco do Brasil do Brasil de Poxoréu não teve o mesmo desfecho sem vítimas e uma mulher foi baleada no tórax durante a fuga dos assaltantes.

Os dados da Polícia Civil e do sindicato mostram que somente 2 assaltos nesta modalidade foram registrados nos 6 primeiros meses do ano, um em Querência e o outro em Itiquira. O restante começou a ocorrer no segundo semestre. Somente o mês de outubro não contou com ação criminosa com o uso desse modus operandi. Em julho, além de Poxoréu, as agências do Banco do Brasil de Poconé e Nova Monte Verde também foram alvos de roubo.

No mês seguinte, foi a vez de 4 bancários e clientes de Campo Novo do Parecis virarem reféns. A mesma agência havia sido invadida no final do ano passado. Nos assaltos as cidades de Tapurah e Feliz Natal, em setembro, 3 agências foram invadidas, sendo 2 (Sicredi e Banco do Brasil) em uma ação na primeira cidade. Situação semelhante se repetiu esta semana em Colniza, quando a unidade do Sicredi e o Posto de Atendimento do Banco Bradesco foram alvos.

Além dos assaltos na modalidade "Novo Cangaço", o relatório do SEEB-MT mostra que as famílias de 2 gerentes foram feitas reféns este ano, na modalidade conhecida como "Sapatinho". Em Cuiabá, a esposa e a filha do gerente do HSBC, S.B.S., 46, passaram 15 horas dominadas por assaltantes, que queriam invadir o banco fazendo ameaças ao funcionário. O assalto foi frustrado pela Polícia Militar. O outro caso ocorreu com um gerente de uma instituição financeira da cidade de Cocalinho.

 

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