A federação das financeiras (Fenacrefi) apresentou aos representantes dos funcionários proposta para renovação do acordo coletivo da categoria. Os trabalhadores vão decidir em assembleia marcada para segunda-feira (7), às 18h30, na sede do sindicato de aceitam a proposta.
De acordo com a assessoria do sindicato dos bancários, os dirigentes sindicais defendem a aprovação. A proposta tem reajuste de 8% nos salários, gratificações e verbas (aumento real de 1,5% em relação à inflação do mês de junho); e 11% no piso (4,3% de aumento real). A regra básica da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) ficaria igual (90% do salário + valor fixo), com aumento de 14% neste fixo (7,6% de aumento real) que passará a R$ 1.600, com teto elevado em 8%, para R$ 7.998,50. Caso a proposta seja aprovada todos os valores são retroativos a junho.
Para a melhoria nas condições de trabalho, a proposta prevê que seja incluído no acordo o instrumento de combate ao assédio moral com características semelhantes ao dos bancários, condicionada à adesão das financeiras. As novas condições para o aviso prévio ficariam também iguais às conquistadas pelos bancários.
"Entendemos que é uma boa proposta, com aumento real para todos, valorização do piso e da PLR. Além disso, avançamos na melhoria nas condições de trabalho, com o combate ao assédio moral, e mais proteção ao emprego, com o encarecimento da demissão por meio das novas condições para o aviso prévio", afirma Raquel Kacelnikas, secretária-geral do Sindicato, que participa das negociações. A dirigente lembra que algumas financeiras já aderiram ao instrumento de combate ao assédio moral. Junto ao Sindicato, os trabalhadores irão buscar, uma a uma, a participação de todas as empresas. "Por isso, indicamos a aprovação da proposta na assembleia do dia 7".
Caso os financiários aceitem a proposta, será antecipado o pagamento de 60% da parte fixa da PLR, o que representa R$ 960, para dez dias após a assinatura do acordo.