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Sete bactérias multirresistentes circulam por hospitais de MT

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Sete bactérias consideradas multirresistentes a medicamentos circulam nas unidades de saúde de Mato Grosso. O número, semelhante ao restante do país, é preocupante por se tratar de organismos que, ao infectar pacientes, levam a maioria à morte. Estudos internacionais apontam que as bactérias multirresistentes respondem por 60% de todos os casos de infecções hospitalares, percebidas em aproximadamente 8% dos pacientes de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Estado.

Não existem dados concretos sobre a quantidade pessoas atingidas por infecções hospitalares. Dentre os fatores que explicam a dificuldade enfrentada por profissionais da área de saúde em conhecer o número de casos, falta estrutura laboratorial capaz de identificar as bactérias, além da conscientização das unidades de saúde em encaminhar informações aos órgãos estaduais. De acordo com a membro da Comissão Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (Cecih), Rosângela Oliveira, dos cerca de 170 hospitais, apenas 40 (23,5%) notificam os casos. "São quase a totalidade dos que possuem UTI, o que é muito importante, mas também temos interesse nas unidades de pequeno porte".

Há 3 anos, a Cecih trabalha na construção do panorama estadual do número de casos de infecção hospitalar. "Pelo o que percebemos em 2009 e 2010, houve uma pequena redução no número de casos em Mato Grosso, mas só poderemos ter condições de comparar nossa realidade com outros estados daqui mais algum tempo".

Procedimentos invasivos, aqueles em que há a ruptura da pele do paciente, como por exemplo em uma cirurgia, são as principais portas de entrada das bactérias causadoras de infecção. Rosângela destaca que a pneumonia causada pela inserção de cateteres ou ventilação mecânica é o tipo de infecção que mais acomete os pacientes.

Para tentar conter o avanço do problema, a comissão trabalha no monitoramento de infecções por tipo de procedimento. Assim, quando há um aumento em uma unidade de saúde que pode ter sido ocasionada pela colocação de um tipo de cateter no paciente, existe a possibilidade de criar meios para conter a disseminação da bactéria. A conscientização dos profissionais de saúde sobre cuidados e a implantação destes mecanismos nas unidades hospitalares são os grandes desafios a serem cumpridos.

Como exemplo, Rosângela cita caso ocorrido recentemente em uma unidade do município de Alta Floresta, quando a disseminação de uma bactéria infectou vários pacientes, levando alguns inclusive a óbito. "Só a partir daí é que realizaram trabalho voltado ao controle de bactérias, com a estruturação de setor específico como forma de minimizar a reincidência".

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