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Cuiabá: chuva derruba teto do Pronto Socorro reformado no ano passado

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As salas vermelha, amarela, de ortopedia e o corredor principal do Pronto Socorro de Cuiabá ficaram completamente alagados devido à chuva. Pacientes precisaram ser retirados rapidamente pelos funcionários, que pegaram rodos e baldes para limpar os ambientes. A água entrou após o teto ceder em vários pontos. Restos do forro eram puxados pelos servidores e lixeiras grandes, usadas para guardar roupas sujas, serviam para aparar as goteiras que, segundo pacientes, pareciam "cachoeiras". Esta é a quarta vez que o teto dos PS cede este ano. As outras vezes aconteceram nos meses de fevereiro, março e julho.

O problema começou por volta das 16h, quando a chuva ficou mais forte na capital. A água acumulou-se no forro, que não resistiu e caiu. Nenhuma pessoa ficou ferida, mas houve corre-corre dentro do prédio. Quatro pacientes em estado grave estavam na sala vermelha e foram apertados em uma pequena sala lateral. Enquanto isto, enfermeiros, técnicos e médicos tentavam proteger os equipamentos.

Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficou com o paciente dentro do veículo porque não havia condições do PS recebê-lo. Até mesmo os socorristas tiveram que participar da ação de limpeza.

A professora Carla Maria de Souza, 34, viu tudo. Ela está com a mãe internada, que tem 75 anos. A idosa teve uma parada cardíaca e foi uma das retiradas da sala vermelha. Conforme Carla, tudo aconteceu muito rápido e ela só viu a correria dos enfermeiros para colocar os pacientes em segurança.

Um paciente, que pediu para não ser identificado, conta que estava na sala de ortopedia. Ele ficou surpreso quando viu os servidores pedindo para que fosse até a área externa. O homem, que está com a perna quebrada, foi deixado em uma cadeira. Uma criança, que chegou em uma ambulância, precisou ficar na maca, na cobertura da entrada da sala vermelha. O médico fez os primeiros atendimentos no local.

A área que caiu foi totalmente reformada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no ano passado. O custo total da obra foi R$ 6 milhões, entregue em abril de 2010. Em fevereiro, o problema foi na sala de atendimento ambulatorial, onde o teto caiu após a chuva. No mês seguinte, a situação se repetiu na sala vermelha e na recepção.

A qualidade da obra foi questionada pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) no ano passado. Uma das quedas do forro foi denunciada em julho pela própria entidade. O sindicato mostrou imagens da água caindo em um dos consultórios. Na ocasião, a direção do PS informou que o dano foi causado pela tubulação de água que rompeu.

Outro lado – A SMS informou, por meio da assessoria de imprensa, que todos os pacientes que chegaram após o acidente foram encaminhados para o Pronto Socorro de Várzea Grande. Quanto aos danos, nenhum dos diretores do hospital foi encontrado para dar esclarecimentos.

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