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Correios: entregas devem ser normalizadas em 1 semana após fim da greve

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Com a possibilidade do fim da greve dos empregados dos Correios e a retomada do trabalho na próxima quinta-feira (6), a expectativa da diretoria da empresa é que em uma semana a entrega de cartas e encomendas esteja regularizada na maioria dos estados. Segundo o vice-presidente de Gestão de Pessoas, Larry de Almeida, a maior dificuldade para colocar o serviço em dia será nos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Bahia.

A prioridade, adiantou ele, será a entrega de encomendas com medicamentos, que estão tendo atendimento preferencial e se encontram praticamente regularizados. “Com o apoio de todos trabalhando nos fins de semana, teremos um grande avanço em colocar o serviço em dia”. Segundo os Correios, desde o início da greve 136 milhões de objetos deixaram de ser entregues pela empresa.

Na tarde de hoje (4), a direção da empresa e os trabalhadores chegaram a um acordo durante audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A proposta será encaminhada amanhã para avaliação em assembleias dos 35 sindicatos dos funcionários, com indicativo de aprovação pelo comando de greve. Se as condições forem aceitas, a greve será encerrada na próxima quinta-feira.

Para Almeida, a proposta aprovada na audiência contemplou interesses dos trabalhadores, da empresa e da sociedade. “Estamos trazendo ganhos reais significativos para os trabalhadores de base. O piso do trabalhador teve um ganho real bastante significativo e que vai representar muito para a categoria profissional”.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), José Rivaldo da Silva, também comemorou o acordo, especialmente pelo ganho real de R$ 80 a partir de outubro. “Nenhuma categoria teve mais de 5% de ganho real neste ano. Isso é uma vitória significativa”. Segundo ele, a aprovação da proposta nas assembleias “não vai ser fácil”, mas ele acredita que os trabalhadores vão fazer uma reflexão sobre o que foi negociado.

O acordo fechado hoje entre a empresa e os trabalhadores prevê o pagamento do aumento real de R$ 80 a partir de outubro. Esse reajuste estava previsto para ser pago só a partir de janeiro. Também foi mantida a proposta de aumento linear do salário e dos benefícios de 6,87% retroativo a 1º de agosto, mas os trabalhadores abriram mão do abono de R$ 500 que foi oferecido pela empresa.

A proposta acordada também prevê que a empresa devolva o valor correspondente aos seis dias de greve que já foram descontados dos trabalhadores em folha de pagamento suplementar até a próxima segunda-feira. Posteriormente, a empresa poderá fazer novamente o desconto na proporção de meio dia de trabalho por mês. Os outros 15 dias de greve que não foram descontados dos trabalhadores deverão ser compensados com trabalho extra nos fins de semana e feriados.

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