Os frequentes assaltos a caixas eletrônicos, com a prática de explodir os equipamentos com dinamite, estão levando alguns donos de postos de combustíveis de Mato Grosso a solicitar a retirada deste tipo de serviço. "Mantive por muito tempo um caixa eletrônico na conveniência do meu posto. Meu posto recebia em torno de R$ 150 por mês pelo serviço. Mas é um valor irrisório diante da situação de insegurança", relatou Luiz Mauro, proprietário de um posto em Cuiabá.
A assessoria do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis de Mato Grosso (Sindipetroleo) aponta que não só os proprietários de postos carregam o receio de manter os caixas nos empreendimentos. O temor também existe entre os funcionários. O empresário Paulo Borghette por diversas vezes foi vítima deste tipo de ação criminosa. Após diversos assaltos e a tentativa de explosão de um caixa eletrônico, ele decidiu retirar a máquina de seu estabelecimento comercial. "Meus funcionários foram ameaçados e tive de pedir à instituição bancária que retirasse o equipamento no intuito de preservá-los e evitar pedidos de demissão em massa", afirmou, por meio da assessoria.
Mesmo com o receio de uma nova ação, o empresário afirmou que ainda mantém um caixa eletrônico em um posto de sua propriedade, localizado na avenida da Prainha, em Cuiabá. Ele explica que deixou o equipamento devido ao intenso movimento do local, mas ressaltou também a retirada da máquina acaba reduzindo o movimento no estabelecimento e consequentemente as vendas.
Em Sinop, a "moda" dos explosivos em caixas eletrônicos ainda não se manifestou. No Estado, segundo informações do Sindicato dos Bancários, já foram alvos de bandidos 69 caixas eletrônicos este ano. O último assalto a caixa eletrônico, utilizando explosivos, em posto de combustível aconteceu, ontem, em Cuiabá. Um bando armado invadiu a empresa, mas acabou não conseguindo levar o dinheiro do equipamento.