Servidores do Judiciário de Cuiabá decidiram cruzar os braços a partir próximo dia 3, mas a tendência é que a decisão atinja todo Estado já que as assembleias regionais continuam acontecendo durante essa semana. Dos cerca de 5,5 mil servidores existentes em Mato Grosso, calcula-se que pelo menos 3,5 mil vão aderir a paralisação a ser decidida entre os sindicalistas de 8 polos regionais. Em Cuiabá são aproximadamente 300 servidores que já confirmaram adesão ao movimento grevista.
O pleito é pelo elevação de nível do passivo, pagamento da URV cujo valor sequer foi definido e também a segunda parcela referente ao pagamento da diferença salarial que foi aprovada com o aumento da carga horária de 6h para 7h mas. Apesar da mudança ter sido desfeita, e uma parcela da diferença ter sido paga, os servidores cobram a segunda que foi suspensa.
Em ofício encaminhado ao presidente do Tribunal de Justiça, o presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat) Rosenwal Rodrigues dos Santos, relata que após diversas tentativas de negociação da URV (incorporação dos 11,98%) e seu passivo, direito conquistado sindicado em 2008 com sentença judicial expedida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não foi pago pelo TJMT e nem informado a forma e a data que será pago aos servidores.
Rosenwal lamenta que o problema de administração do TJMT é histórico no que tange "a má vontade de resolver questões relacionadas aos direitos dos servidores que nunca são tratados como prioridades do Poder". O sindicalista explica que presidente do TJ, desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho pediu um prazo para solucionar o impasse que expirou no dia 9 deste mês, sem mencionar as diversas reuniões que nunca tiveram um resultado concreto para garantir os direitos dos servidores. Afirma que recebeu a informação do juiz José Lindote de que os cálculos foram finalizados, mas devido o alto valor precisam ser revisados.