Continua trancada, desde ontem às 4 hs da manhã, a única rua que dá acesso ao Bairro União. Os moradores cobram o asfaltamento de cerca de 1.500 metros. Com troncos de árvores, cordas e veículos, impedem o trafego. O bairro tem cerca de 20 anos e abriga aproximadamente mil moradores.
Nesta manhã o assessor jurídico da prefeitura, Estevan Calvo, disse, ao Só Notícias, que a prefeitura não deve ceder a este tipo de pressão para iniciar as negociações e que está buscando recursos para que seja feita a pavimentação.
Ele ressaltou ainda que, desde ontem, os alunos não estão tendo aulas e o atendimento no Posto de Saúde está comprometido. "Com a pista interditada os professores e alunos não tem como chegar nas escola, assim como os profissionais da saúde", ressaltou.
Conforme Estevan, o manifesto é ilegal e os moradores podem até responder por processo criminal caso continuem insistindo em infringir a lei que garante o direito de ir e vir da população. "Nós já pedimos para que a Polícia Militar vá até o local para desobstruir a rua", afirmou.
Oficialmente, a Polícia Militar ainda não se pronunciou sobre o assunto. De acordo com o secretário de Obras, Emiliano Preima, os moradores se reuniram, na última quinta-feira com representantes do Poder Executivo e foi esclarecido que houve dificuldades para iniciar as obras. "O governo do Estado arrumaria emulsão asfáltica, mas eles acabaram atrasando, por isto não conseguimos iniciar a obra. Na reunião os moradores pediram para patrolar e molhar a rua e é isto que estamos fazendo até que não saia o asfalto. Então a gente não entendeu o por que da manifestação", disse Preima.
Segundo o presidente do bairro, Gabriel Fernandes, a pista foi interditada no ano passado e o vice-prefeito Wanderley Paulo, que era prefeito em exercício na época, disse que o asfalto sairia em breve. "Tem moradores com 18 anos que reivindicam a pavimentação deste asfalto. Muitos falam que já foi enviado para a prefeitura os recursos para o inicio da obra, mas até agora nada. Por isto a população resolveu protestar", disse.