O réu Jackson do Espírito Santo Alves, vulgo "Buchecha", foi condenado em júri popular, realizado nesta segunda-feira, em Cuiabá, a 22 anos e dois meses de reclusão pela prática dos crimes de homicídio contra seu sogro, Antônio de Souza, e tentativa de homicídio contra a sua ex-mulher, Josiane de Souza. O réu encontra-se preso e não poderá recorrer da sentença em liberdade.
De acordo com o promotor de Justiça Antonio Sérgio Cordeiro Piedade, as teses defendidas pelo Ministério Público foram acolhidas pelos jurados. O Conselho de Sentença entendeu que o crime de homicídio foi cometido por motivo torpe. Já em relação à tentativa de homicídio, o entendimento dos jurados foi de que o crime foi cometido por motivo fútil, com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas.
Consta na denúncia do MPE, que os crimes foram cometidos no dia 25 de outubro de 2009, por volta das 20h, no bairro Dom Aquino. Na ocasião, o réu pulou o portão da residência e efetuou os disparos de arma de fogo contra a vítima, Josiane de Souza. O crime de homicídio acabou não se consumando em virtude da intervenção de seu pai, Antonio de Souza, que foi fatalmente atingido.
Segundo o MPE, o réu possui personalidade violenta e era agressivo com a vítima, tendo-a ameaçado de morte por várias vezes. "O motivo do crime foi o fato da vítima não querer reatar o relacionamento. No dia do fato ele foi a sua procura em local de trabalho e ligou diversas vezes. Não satisfeito, o réu foi à residência da vítima armado, pulou o portão e efetuou os disparos no intuito de atingi-la", afirmou o promotor de Justiça.
Na sentença, a juíza negou o pedido efetuado pela defesa para que o réu recorresse em liberdade. "Esse é o tipo de crime que choca a sociedade, causando revolta, indignação, perplexidade e intranquilidade, a qual clama por justiça e cobra do órgão jurisdicional a extrema medida do encarceramento do agente", destacou a juíza Monica Catarina Perri Siqueira, em um trecho da sentença.