O Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso (Sindessmat) contesta a informação do presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do estado de Mato Grosso (Sinpen-MT), Dejamir Soares, sobre alguns dos motivos que impediram acordo na audiência realizada na quarta-feira (10) no Ministério Público do Trabalho (MPT). Afirma, em nota, que a proposta apresentada foi de R$ 800 para os técnicos de enfermagem que poderia ser parcelado em duas vezes.
Argumenta que o Sinpen apresentou como última proposta, na audiência intermediada pelo procurador-chefe do MPT, Thiago Gurjão Alves Ribeiro, um reajuste de 15% para o técnico de enfermagem, chegando ao valor de R$ 800 parcelado em 2x, e o percentual de 9% aos demais integrantes da categoria. Afirma que já foi acordado entre as partes o percentual de 5% para os profissionais que recebem acima do piso fixado na convenção coletiva, R$ 100 para cesta básica e R$ 560 como base de cálculo para o adicional de insalubridade.
"As negociações ainda não finalizaram. Tanto que o Ministério Público do Trabalho marcou nova rodada de negociação que acontecerá na sede da Procuradoria na terça-feira (16) às 14h30. O Sindessmat esclarece que as propostas apresentadas refletem a decisão da maioria presente nas assembléias realizadas para discussão dos reajustes salariais, não sendo possível haver apenas 2 hospitais contrários a acolher o pedido dos colaboradores, até mesmo porque cada estabelecimento de saúde representa um voto válido na assembléia, não havendo distinção entre os presentes", diz a nota.
Presidente do Sinpen, Dejamir Soares, por sua vez, explica que a categoria pleiteava o valor de R$ 800 em parcela única, mas diante da resistência do sindicato patronal, protocolaram em ata o mesmo valor parcelado em 2 vezes. Em relação aos R$ 850 dividos em 3 vezes, ele reconhece que foi proposto na primeira reunião ocorrida no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas acabaram cedendo na segunda negociação realizada no dia 10, na sede do MPT. O pleito ficou para ser levado em assembleia do Sindessmat que se posicionará a respeito, na na próxima terça-feira (16). Dejamir reafirma que em caso de não acordo, a greve será a única solução.