Foi adiada a reunião dos investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil que estava marcada para terça-feira (2), em Cuiabá, com representantes da OAB, Câmara de Dirigentes Lojistas, políticos e empresários, para tentar explicar os motivos da greve que está sendo realizada pela categoria e buscar apoio das entidades. A nova data ainda não foi confirmada.
Em uma nota de repúdio, publicada na página da categoria, o presidente do Siagespoc, Cledison Gonçalves da Silva, aponta que a locação do auditório da OAB, onde seria realizada a reunião, foi cancelada pelo presidente da entidade, Claudio Stábile, em uma “atitude antidemocrática do presidente desta tão conceituada instituição”. Na nota, Cledison aponta que o cancelamento ocorreu por se tratar da categoria. Apesar da mudança, a assembléia geral da categoria está mantida para a data, às 14h30, na sede do sindicato.
A greve, conforme Só Notícias informou, iniciou em 1º de julho, quando a categoria pleiteava a equiparação dos salários com a dos peritos, que é de R$ 6 mil inicial. No dia 13 (quarta-feira), foi paralisada para negociações e, retomada no dia 19 (terça). Os investigadores e escrivães consideraram “indecente” a proposta salarial apresentada pelo governo do Estado, que previa salário de R$ 2.460 a partir de dezembro deste ano, para iniciantes, chegando, em maio de 2014, a R$ 3.274.49. Atualmente, o salário aplicado é de R$ 2,3 mil para início de carreira.
O movimento foi considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça, que determinou a retomada dos trabalhos, além de multa diária de R$ 20 mil caso a decisão não fosse acatada, no entanto, a categoria decidiu por manter a greve. Apenas 30% do efetivo mantém os trabalhos, como previsto em lei. Neste período, investigações não estão sendo feitas e vários inquéritos aguardam conclusão.