Cerca de 80 agentes prisionais do Ferrugem, em Sinop, decidiram aderir à paralisação iniciada, hoje pela manhã, pelos profissionais que trabalham na Penitenciária Central, em Cuiabá. Eles protestam pela situação de insegurança vivida pelos agentes dentro das unidades prisionais tanto da capital quanto do município, principalmente depois das rebeliões ocorridas ontem. Na capital, a Polícia Militar precisou reforçar a segurança no presídio, em Sinop, isso não foi necessário ainda.
O presidente do Sindicato dos Agentes Prisionais de Mato Grosso, João Batista, explicou, em entrevista ao Só Notícias, que nas duas unidades apenas serviços essenciais estão sendo mantidos como distribuição de alimentação dos presos e serviços administrativos. Já outros serviços que também são de competência dos profissionais, como escolta de detentos, por exemplo, serão retomados apenas quando a categoria tiver as reivindicações atendidas.
Eles querem conversar diretamente com o governador Silval Barbosa (PMDB) para discutir a situação no sistema prisional. A manifestação, segundo o presidente, irá durar até que o governador receba e ouça os pedidos da categoria. No entanto, Silval Barbosa está no Rio de Janeiro para reunião com secretários de fazenda do país.
Conforme Só Notícias já informou, em Cuiabá, o agente penitenciário Wesley da Silva Santos, 24 anos, foi morto pelos detentos durante rebelião. Já em Sinop, o agente Luiz Fernandes ficou mais de oito horas refém de três presos, que reivindicavam a revisão de suas penas e a transferência para outra unidade prisional do município de Rosário Oeste.