sábado, 21/setembro/2024
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Servidores do hospital Júlio Muller ameaçam paralisar atendimentos

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Os cerca de 400 servidores do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) decidem em assembleia nesta quinta-feira (16), às 14 horas, se reduzem as atividades do hospital para 30%. Com a medida, os funcionários garantiriam o atendimento emergencial, exigência da Lei de Greve e se juntariam aos 2 mil técnicos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em greve desde o dia 6 de junho. Por dia, a instituição realiza 1,2 mil exames.

De acordo com a membro da direção colegiada do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFMT (Sintuf), Ana Bernadete de Almeida Nascimento, a avaliação da categoria deverá ser cuidadora, uma vez que o hospital atende a população e não é interesse dos servidores aumentar o desgaste causado por uma greve. Porém, todos os funcionários do HUJM já trabalham com camisetas alusivas à paralisação e aventaram, em outras ocasiões, a possibilidade de cruzarem os braços.

O sindicato ressalta que muitas das reivindicações locais, como a jornada de 30 horas semanais para os técnicos de enfermagem, já foram atendidas pela direção. Mas a falta da racionalização de cargos, que corrigiria a diferença de R$ 700 nos vencimentos de técnicos e auxiliares de enfermagem e a sinalização do governo federal em entregar a administração dos hospitais para a iniciativa privada, mesmo com a derrubada da Medida Provisória (MP) 520, que criaria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), ainda são pontos que causam insatisfação na categoria.

O movimento grevista, deflagrado em nível nacional, vem ganhando adesões de outras instituições e, de acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), já conta com 41 universidades e hospitais universitários. Nesta quinta-feira (16) são esperados mais de 30 mil servidores públicos federais para manifestação em Brasília.

A tendência é de manutenção do movimento grevista, mesmo após o apelo do ministro da Educação, Fernando Haddad, que pediu ao comando de greve a suspensão da paralisação para retomada das negociações. Nascimento revela que em 3 oportunidades antes da greve o governo federal iniciou as negociações, mas não apresentou nenhuma proposta.

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